Investimento imobiliário 25/07/2018
Em tempos de alta, se torna mais fácil realizar operações no mercado imobiliário – afinal, existem mais pessoas procurando por imóveis para comprar. Por outro lado, períodos de retração são ótimos momentos para encontrar imóveis com preços mais baixos, ou seja, um bom planejamento pode otimizar os seus investimentos em imóveis.
Neste artigo, preparamos um panorama do mercado imobiliário em 2018 para que você possa analisar melhor as oportunidades e fazer bons negócios. Confira.
Como está o mercado imobiliário em 2018?
O panorama do mercado imobiliário em 2018 é muito otimista. No fim de 2017, foi demonstrada uma forte tendência de alta, que segue neste ano – reforçada pela queda da taxa SELIC, e coloca um fim da insegurança dos investidores. Além disso, os bancos estão diminuindo suas taxas de financiamento e a inflação está controlada.
Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), desenvolvidos e calculados pela Fipe, da Universidade de São Paulo, os números de unidades residenciais lançadas e vendidas entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018 registraram alta de 22,2% e 12%, respectivamente.
Já de acordo com um estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2017 houve crescimento de lançamentos residenciais verticais (5,2%), e as vendas aumentaram em 9,4%. Além disso, também houve uma redução de estoque e a oferta final de unidades residenciais apresentou queda de 12,3%, em relação a 2016.
Fatores que influenciam no mercado imobiliário
Ter a noção de que o mercado imobiliário passa por uma boa fase é muito simples. Basta acessar qualquer site de notícias para encontrar vários dados que servem como base para essa afirmação. Mas você sabe quais são os fatores que influenciam nesse momento do mercado imobiliário?
Reunimos os principais aspectos e indicadores que permitem uma avaliação da situação do mercado. Com base nessas informações, você pode realizar a sua própria avaliação sempre que necessitar comprar ou vender imóveis.
Facilidade na obtenção de crédito
Segundo dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), dois terços dos imóveis vendidos no Brasil são frutos de um financiamento. Isso significa que o mercado consumidor depende muito da obtenção de crédito para que consiga realizar aquisições imobiliárias.
Sem crédito imobiliário, o mercado fica paralisado – prejudicando quem quer vender imóveis e adiando o sonho da casa própria para muitos brasileiros. Por outro lado, esses momentos de dificuldade para obter crédito favorecem quem tem dinheiro para realizar compras à vista.
Taxa de juros
Quanto maiores são as taxas de juros, maior é o valor final a ser pago por um imóvel em um financiamento. Isso significa que os juros elevados prejudicam o mercado imobiliário e tornam ainda mais difícil a realização de compras para os brasileiros.
Além disso, altas taxas de juros favorecem o investimento em renda fixa – diminuindo, também, a procura de investidores por imóveis. Por outro lado, quando as taxas de juros estão mais baixas, a procura passa a ser por alternativas de renda variável – o que inclui o investimento em imóveis.
Desemprego
As taxas de desemprego também exercem um impacto no mercado imobiliário. A tendência é que os consumidores deixem de realizar altos investimentos (como a aquisição de um imóvel) quando existe um sentimento de insegurança em relação ao desemprego.
Apesar disso, o desemprego pode fazer a demanda por imóveis crescer ou diminuir.
- A demanda por imóveis diminui quando as famílias ficam com a renda comprometida por problemas de desemprego, se sentem inseguras em relação ao financiamento ou os bancos aumentam as exigências para obter crédito.
- A demanda por imóveis aumenta quando as famílias fazem o distrato da compra de imóveis na planta, vendem seu imóvel para comprar outro menor ou quando cresce número de imóveis leiloados.
Confiança do consumidor
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mede, periodicamente, a expectativa e a confiança do consumidor. Nos momentos em que estão menos confiantes, os consumidores compram e assumem menos dívidas – gerando o desaquecimento do mercado imobiliário.
Inflação
A inflação exerce influência no poder de compra da população e, também, no rendimento dos investimentos – seja de renda fixa ou variável. O mercado imobiliário também recebe o impacto da inflação – e você pode entender melhor essa relação neste artigo.
Crescimento da economia
As previsões de economistas para 2018 são de crescimento da economia brasileira. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima uma alta de 1,5%, enquanto o mercado financeiro projeta 2,7%. Em um país com a economia em crescimento, as empresas conseguem realizar as suas atividades e ofertar mais empregos – gerando uma renda que pode ser utilizada na aquisição de imóveis.
Preço dos imóveis
O preço dos imóveis pode sofrer uma grande variação de um local para outro – mesmo dentro de uma mesma região da cidade. Em 2017, os preços médios dos imóveis no Brasil sofreram uma pequena redução – influenciada pela queda dos juros, inflação e desemprego, aumento do PIB, oferta de crédito imobiliário, entre outros.
Entretanto, outro fator muito importante para o preço dos imóveis é a relação entre oferta e demanda. Nas regiões em que as ofertas não são suficientes para atender toda a demanda, os preços tendem a subir. Do ponto de vista dos investidores, é essencial monitorar essas variações no mercado.
Média dos aluguéis
O índice de locação Fipezap representa a variação dos preços de locação de imóveis e mostrou uma queda no ano de 2017. Os impactos disso no mercado imobiliário acontecem de diversas formas: muitos proprietários são levados a vender os seus imóveis – aumentando a oferta e reduzindo o preço médio deles.
Por outro lado, quando não existem boas opções de investimento em renda fixa, esses proprietários são desestimulados a vender, o que mantém os preços de locação mais baixos e incentivam os moradores a procurarem por novos imóveis.
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