Como o aluguel está ajudando a mudar o formato das cidades?

4 minutos
|10/03/2020
Como o aluguel está ajudando a mudar o formato das cidades?
Cidades do Futuro

E essa é uma questão que vai bem além do urbanismo. A forma como são comercializados e como investimos em experiências de imóveis impacta e transforma o mercado e nossa vida nas metrópoles. E o consumidor é quem domina esse caminho, visto o crescimento em imóveis alugados.

Dados do IBGE apontam um grande crescimento de residências alugadas entre 2017 e 2018, especialmente na região Sudeste do país. Hoje, mais de 20,5% dos imóveis das grandes capitais – como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo – são alugados. Mas isso é somente um dado de mercado. Quais são os reflexos práticos que essa busca pelo aluguel causa no formato das cidades?

No artigo de hoje, vamos mostrar mais sobre como o aluguel ajuda a mudar o formato das cidades. Quais são as tendências estimuladas por um perfil crescente de pessoas que interage com imóveis como locatário? E como ofertar um imóvel para esse público? Confira mais a seguir.

Clientes e cidades mais conectadas

O processo de locação de imóveis cresceu não somente por ser uma opção de custo-benefício atrativo. Trata-se também de um reflexo do perfil de consumidor moderno, das novas gerações que começam a sair de suas casas sem o intuito principal de adquirir uma residência própria, mas de ter mais mobilidade, qualidade de vida e uma experiência melhor não somente de morar, como também de viver nessas metrópoles.

Ainda, hoje, do momento em que acordamos à hora que dormimos, nos conectamos a nossas redes sociais. Esse tipo de comportamento, a princípio, pode parecer somente relevante para o momento de fechar o negócio do imóvel. E, de fato, é muito importante entender como essa geração busca pelo aluguel de imóveis online. Mas a mudança é perceptível mesmo depois do fechamento, com a conexão moldando a cidade física.

O formato das cidades, atualmente, já permite configurações bem mais homogêneas com imóveis alugados. O perfil de um comprador de imóveis, geralmente, está ligado a um centro residencial definido e bem delimitado. Já empreendimentos de locação têm um apelo mais pontual. Vizinhanças de lojas, faculdades, ciclovias, pontos de referência para transporte e locomoção são exemplos disso.

Valorização de regiões afastadas do centro é uma das mudanças no formato das cidades

A busca pelo aluguel de imóveis mudou a forma com que o mercado e o consumidor enxergam novas regiões. Quanto mais nos afastamos dos centros urbanos, é comum que o aluguel costume ficar mais barato. Por consequência, isso pode atrair pessoas e empresas, valorizando regiões das cidades até então ignoradas, o que afeta diretamente a dinâmica e o formato das cidades.

Com as modalidades de trabalho home office e a busca por uma melhor qualidade de vida, novos segmentos de imóveis surgiram. O aluguel permite não somente que o formato de áreas da cidade se renovem, como também que se repense novos espaços. Oportunidades de valorização comercial, econômica e até mesmo cultural partem, em boa medida, de empreendimentos inovadores baseados na locação.

Tendências globais como a economia colaborativa também fazem com que essa valorização acelere. Economizar recursos e melhorar a qualidade de vida faz com que pessoas mudem o espaço ao seu redor e sejam atraídas por novas formas de convivência social e do espaço urbano.

Como vimos, o formato das cidades, fundamentado nas demandas contemporâneas, exige que o mercado imobiliário inove. Não são só questões econômicas que fazem com que o aluguel seja priorizado. Escolhas de moradia, trabalho e perfis de comportamento de consumo fazem com que cidades se reorganizem, tornando empreendimentos antes impensáveis em viabilidades feitas sob medida.

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