10 indicadores de mercado para avaliar ao fazer um investimento
Fazer um investimento pode ser um ótimo negócio para quem quer aplicar o seu dinheiro tendo a segurança de que ele vai ficar protegido e garantir um bom retorno financeiro. No entanto, o mundo das aplicações financeiras é direcionado de acordo com influências externas, fazendo com que existam muitos fatores a se atentar na hora de fazer um investimento.
Uma destas influências externas que devem ser analisadas são as oscilações do mercado, que podem ser acompanhadas através de diversos índices e indicadores que traduzem movimentações relevantes nos preços e juros. Mas, por conta da grande quantidade de indicadores existentes, muitos investidores ainda encontram dificuldades em saber quais os índices mais relevantes para os seus investimentos e o que eles representam.
Confira, a seguir, quais os principais índices de mercado e de inflação aos quais você deve estar atento antes de decidir fazer um investimento, além de indicadores financeiros internos que você pode utilizar para analisar as suas oportunidades e garantir a realização de bons negócios.
10 indicadores que influenciam ao fazer um investimento
1. Taxa de juros SELIC
A taxa SELIC também é conhecida como Taxa Básica de Juros da Economia. Ela representa uma média dos financiamentos diários do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) – em outras palavras, é a taxa básica dos juros, utilizada pelo Banco Central para regular a economia e controlar a inflação e o crédito. Ela funciona assim: quando a inflação cresce no país, o governo sobe, também, a taxa SELIC para conter o aumento dos preços. Nos momentos de queda da inflação, o governo baixa a taxa SELIC para estimular o aquecimento da economia.
Esta taxa é importante de várias formas para os investidores imobiliários. Ela não apenas pode ser utilizada para guiar reajustes de contratos de vendas de imóveis, como também dita o crédito disponível no mercado. Ou seja, afeta diretamente a capacidade de financiamento dos investidores – sendo que quanto mais baixa a taxa, melhores as condições para crédito.
2. Taxa Referencial
Também gerida pelo Banco Central, a taxa referencial, ou TR, é calculada com base na TBF, ou Taxa Básica Financeira – que, por sua vez, é uma média das taxas de juros prefixados analisados com as 20 maiores instituições financeiras do país. Este índice serve de base para orientar a remuneração da poupança e do FGTS, mas é uma taxa importante a ser analisada pelos investidores porque também é responsável por guiar contratos de financiamento imobiliário.
3. Índice de Preço ao Consumidor Amplo
Também conhecido sob a sigla de IPCA, este índice mede a oscilação nos preços de produtos e serviços vendidos. Ele é calculado pelo IBGE e considerado o índice de inflação oficial do país, sendo utilizado como base para o cálculo de outros índices. Além disso, é muito útil para analisar a real rentabilidade dos investimentos: se a taxa do IPCA está acima da rentabilidade da sua aplicação, ela não está compensando.
4. Índice Geral de Preços – Mercado
Enquanto o IPCA contempla em seu cálculo somente famílias com até 40 salários mínimos de renda, o IGP engloba toda a população brasileira. O IGP-M é uma das três versões oficiais do IGP, sendo que a diferença entre cada uma delas é o período de coleta de dados. Assim, este é o principal índice de inflação que rege os contratos de locação de imóveis. A Fundação Getúlio Vargas divulga mensalmente tabelas oficiais com os valores deste índice, facilitando a realização dos reajustes do aluguel.
5. Índice Nacional de Custos da Construção do Mercado
Tendo como sigla INCCM, este índice acompanha os custos da construção nas principais capitais do país. Ele também é calculado pela Fundação Getúlio Vargas, e utilizado como base para a correção dos valores de vendas imobiliárias – em especial para vendas de imóveis na planta. Trata-se de outro índice para ficar de olho antes de fazer um investimento.
6. Custo Unitário Básico da Construção Civil
Também conhecido como CUB, este índice é bastante similar ao INCCM. Ele também analisa os custos da construção civil em diversas capitais do país, porém disponibiliza informações muito mais completas que o anterior, levando em consideração aspectos como mão de obra, materiais e equipamentos, além da qualidade da construção. Assim, ele também é muito útil para guiar reajustes em contratos de aquisição de imóveis, com o diferencial de ser mais preciso.
7. Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial
Outro item de importância para os investidores imobiliários é o IGMI-C. Este mede a rentabilidade do mercado de imóveis comercias no país, demonstrando a progressão dos preços imobiliários. Também calculado pela Fundação Getúlio Vargas, o IGMI-C é especialmente relevante para quem quer fazer um investimento em um imóvel da área comercial, sendo que o seu cálculo e divulgação acontece em períodos trimestrais.
8. Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados
Este é bem específico: o IVG-R tem como objetivo analisar a tendência dos preços dos imóveis residenciais por todo o Brasil. É interessante para quem pretende fazer um investimento em imóvel residencial, pois estima os preços no futuro com base nos valores vinculados aos financiamentos. Assim, oscila de acordo com a disponibilidade de crédito imobiliário e, consequentemente, com as taxas de juros e inflação.
9. Índice FIPEZAP
Como o nome sugere, o índice FIPEZAP é calculado pela FIPE, ou Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, e tem como fundamento para os cálculos as informações existentes na base de dados do portal online ZAP Imóveis – que possui mais de 500.000 anúncios por mês. O resultado é um índice que permite acompanhar a progressão dos preços de imóveis para aquisição e locação. Com periodicidade mensal, o FIPEZAP permite, até mesmo, que os investidores analisem critérios, como tipo de imóvel, região do país e número de dormitórios.
10. Índice de Confiança do Consumidor
Também conhecido como Sondagem de Expectativas do Consumidor, este índice busca traduzir a percepção do consumidor tanto em relação ao estado geral da economia quanto às suas finanças pessoais. Isso reflete nas tendências do mercado: quando a confiança está maior, os consumidores tendem a realizar mais compras, enquanto em momentos de confiança baixa, a demanda cai. Assim, quem pretende fazer um investimento e adquirir um imóvel, se beneficia de um índice baixo de confiança, enquanto quem quer vender deve dar preferência a momentos de alta confiança – que aumentam a inflação e o preço.
Você já conhecia todos estes índices de mercado e o impacto que têm sobre a sua aplicação? Já tinha como costume analisar estes indicadores antes de decidir fazer um investimento? Deixe abaixo o seu comentário e nos conte o que achou deste artigo! Até a próxima!
Leia também
Livro mostra como morar em São Paulo sem usar carro
No novo livro Como viver em São Paulo sem carro, 12 personagens moradores da capital paulista falam sobre como andam pela cidade sem automóvel
Como está o preço dos imóveis em 2018?
Confira como está o preço dos imóveis em 2018 e como você pode maximizar os seus rendimentos.
8 dicas para otimizar espaços no apartamento coliving
Os espaços no apartamento coliving tendem a ser menores, mas são altamente otimizáveis.
Novidades Vitacon
Assine nossa newsletter e acompanhe nossas notícias sempre em primeira mão: