Por que fazer e realizar é mais importante do que um planejamento?
Pink: – O que vamos fazer hoje à noite Cérebro?
Cérebro: – O mesmo que fazemos todas as noites, Pink: tentar dominar o mundo!
</blockquote>Nessa divertida animação, vemos, episódio a episódio, os planos tão meticulosamente criados para a “dominação do mundo” sempre falharem.
Em nossa carreira, por vezes, acontece o mesmo. Criamos toda uma trajetória de sucesso em nossa mente, mas, no “mundo real”, nada muda. Uma das razões para isso, em muitos casos, é o foco apenas na concepção de uma ideia ou de um planejamento bem desenhado, mas que não sai do papel.
Isso acontece com você? Então, não perca o artigo de hoje e veja porque, em muitos contextos, fazer e realizar é mais importante do que um planejamento moroso e detalhado. Acompanhe.
A supervalorização da ideia
Steve Jobs disse certa vez: “Para mim, as ideias não valem nada, a menos que sejam executadas… A execução vale milhões.”
Muitas vezes, ouvimos que uma ideia pode mudar o mundo. E é verdade, pode. No entanto, uma ideia por si só não significa nada. No final das contas, é a execução que realmente gera resultados. Planejar bem é importante, todos sabemos disso. Mas você sabe o que realmente traz a chave para o sucesso? A execução.
Portanto, não supervalorize as ideias. Fazer um planejamento moroso sobre sua carreira, esperando ter o insight perfeito, pode fazê-lo perder o timing para uma mudança, uma nova formação, a participação em um evento relevante, a identificação de uma nova oportunidade.
Há outra frase, atribuída a John Lennon que diz que “a vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos”. Lembre-se de que o mesmo pode valer para sua carreira.
A execução é o que gera valor para o planejamento
Ter boas ideias, fazer planos consistentes – a importância disso não está em xeque. A questão é que, por vezes, pensamos que o trabalho termina aí. Fazemos nosso plano de carreira e esperamos que as coisas simplesmente mudem. Como você já deve imaginar, isso não é suficiente.
Podemos pensar no desenvolvimento de nossa carreira como uma metáfora à natureza. O planejamento seria a semente e a execução, a água – sem água, como sabemos, a semente não se desenvolverá no longo prazo.
Assim, independentemente do planejamento brilhante que você tenha feito, sem o fazer e o realizar, você não colherá seus frutos.
Tangibilizando o valor das ideias e da sua execução
No livro A Via Expressa dos Milionários (The Millionaire Fastlane), de MJ DeMarco, o autor demonstra o valor da execução atribuindo um número em dólares às ideias e um multiplicador à execução das ideias.
Por exemplo, digamos que você tenha uma série de ideias para alcançar o sucesso. Uma ideia brilhante recebe um valor de 200,00, enquanto uma ideia terrível recebe um valor de 1,00.
Em seguida, você atribui um multiplicador à sua capacidade de executar uma ideia. A execução brilhante recebe um multiplicador de 10.000.000 e nenhuma execução recebe um multiplicador de 1.
O que isso demonstra? Demonstra que uma péssima ideia, avaliada em 1,00, que é executada de maneira brilhante vale 10 milhões. Já uma ideia brilhante, avaliada em 200, porém mal executada, vale apenas 200.
Uma das lições desse exemplo é que, sem execução, não há multiplicador para a sua ideia; portanto, mesmo que a ideia para sua carreira seja incrível, ela será praticamente inútil se você não fizer algo com ela para realizá-la.
A obsolescência do planejamento meticuloso em um mundo VUCA
Fazer um planejamento de longo prazo para sua carreira, com cada curso que você deve concluir, cada escalada necessária para chegar a uma nova posição, cada habilidade que deverá ser lapidada. Isso fazia sentido em um mundo no qual se contava com maior previsibilidade e constância. Hoje, no entanto, as regras são outras.
Tudo está bastante dinâmico. Vivemos em um mundo VUCA (ou VICA, em português). A expressão, que surgiu no âmbito miliar, ganhou o universo corporativo. Ela designa um resumo de características-chave de nossos tempos, que são Voláteis, Incertos, Complexos e Ambíguos.
Quando aplicamos isso no planejamento de carreira, percebemos que, em uma velocidade impressionante, profissões se tornam obsoletas e outras assumem lugar de destaque. O mesmo ocorre com a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades. E é impossível planilhar tudo isso em um plano de carreira.
Por isso, é importante ficar atento e, conforme os ventos mudam, ajustar suas velas. Navegar nessas águas demanda foco na ação e no acompanhamento da maré. Então, nesse contexto, pense em como você pode ter mais sucesso hoje ou no próximo mês em sua carreira e, conforme o cenário mudar, seja flexível e ajuste-se às novas condições.
E para você, fazer e realizar é mais importante do que um planejamento? Como você busca equilibrar essas ações? Deixe sua mensagem nos comentários.
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